Sergio Cabral ficará na história como o mais corrupto governador do Estado do Rio de Janeiro




Por Carlos Newton

As relações entre o governador Sergio Cabral e o empresário Eike Batista são espantosas e inacreditáveis. Não é apenas por simpatia que o homem mais rico do Brasil faz constantes gentilezas ao governador, emprestando-lhe seu luxuoso jato Legacy e tudo o mais.

Esse procedimento é tão irregular e suspeito que até já faz parte do Código de Conduta Ética recentemente criado pelo governador para que ele próprio possa saber o que é certo e o que é errado. A partir do Código de Conduta Ética, espera-se que as viagens particulares de Cabral passem a ser pagas pelo próprio governador, que é rico e tem condições para tal, embora haja grandes possibilidades de que ele passe a custeá-las através do erário público, por uma questão de interpretação pessoal do Código, ou alguém duvida disso?

Essa ligação direta entre Eike Batista e Sergio Cabral não vem de hoje, é antiga e consistente. O governador jamais a negou. Pelo contrário, sempre se orgulhou dessa sólida amizade, jamais escondeu nada, nem mesmo a viagem conjunta que fizeram à China, para “trazer negócios”.

Em 2 de dezembro de 2009, por exemplo, no almoço de confraternização de fim de ano da Harvard Law School, no Salão da Bolsa de Valores do Rio, lotado, com a presença de grandes personalidades, especialmente empresários, advogados e magistrados, Cabral fez um discurso revelador, que Helio Fernandes reproduziu aqui no blog.

Para espanto da seleta platéia, com predominância de personalidades do mundo jurídico, o governador primeiro deu uma gafe colossal no discurso, ao afirmar: “Minha mulher (na época, Adriana Ancelmo) é a melhor advogada do Brasil”. Não satisfeito, para espanto de todos, acrescentou: “Sou muito amigo de Eike Batista, trabalho com ele e juntos tentamos trazer negócios da China para o Rio de Janeiro. Fui à China com esse objetivo”.

É claro que tudo isso aconteceu antes da criação do Código de Conduta e Ética, adotado oficialmente pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, através de decreto, no último dia 5. O que causa surpresa é que, 16 dias depois de adotado o Código, tenha sido anunciado que o governador Sergio Cabral e o empresário Eike Batista haviam estendido sua parceria para a área esportiva.

O time de vôlei RJX, recém-criado e que terá investimento de R$ 13 milhões do homem mais rico do Brasil, usará as instalações do Maracanãzinho para treinos e jogos. O ginásio está sendo cedido ao time pelo governo do Estado.

Como se sabe, a letra ‘X’ está presente na razão social de todas as empresas de Eike Batista, porque o bilionário acredita que a letra, símbolo da multiplicação, faz os negócios prosperarem. Pena que no Código de Conduta Ética o governador tenha esquecido de acrescentar o ‘X’ preconizado por seu amigo Eike. Se o tivesse feito, quem sabe Cabral não teria multiplicado seu próprio poder de absorver o que significam as normas que estão prescritas no Código de Conduta Ética? Mas parece que ele ainda não leu direito o importante regulamento.

Fonte http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=21280

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