CAMPONÊS QUER PLANTAR E QUER COLHER! TERRA PARA QUEM VIVE E TRABALHA NELA

A contra-propaganda, do governo gerencia Dilma Rousseff, afirma que possui a solução para o fim da miséria com programas e “Bolsas Esmolas”. Enquanto, o ex-ministro chefe da casa civil, em 2010 faturou, com sua milionária “consultoria”, R$ 20.000.000 (vinte milhões de reais). E o salário mínimo rende ao trabalhador menos de R$ 10.000 (dez mil reais) ao ano. Dizem que o “Brasil está crescendo”, mas para quem? 
 
Na ordem do dia está a aprovação do Novo Código Florestal, cujo conteúdo possui verdadeiras declarações de amor de seus colaboradores (destaque ao relator Aldo Rebelo – PC do B) ao latifúndio. Como à própria presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) a senadora Kátia Abreu, que ganha com este projeto o indulto dos desmatamentos anteriores a 2008; e liberação para desmatamentos futuros nas, já escassas e limitadas, matas ribeirinhas. Enquanto isso, hoje somos dezenas de milhões de camponeses pobres sem terra ou pouca terra e a tal “reforma agrária” ficou no esquecimento. Assim, funciona a velha democracia.

Para o povo crescimento é da violência, é do desemprego, das filas nos hospitais, dos preços dos alimentos; enquanto o crescimento do salário mínimo, como em todos os anos, não faz a mínima diferença.  Assim, sem uma morada digna de se viver e trabalho é possível para o país crescer? Não. Mas, para a riqueza das classes exploradoras, sim.

Os absurdos da canalhice da elite dominante com o povo não para por ai, em Alagoas o Grupo João Lyra, (organização agroalcooleira/agroaçucareira, que é também revendedora de autos da alemã VolksWagen e prestadora de serviço de taxi aéreo; pertencente e presidida por Deputado federal João Lyra - PDT) novamente alega ser dono de um conjunto de fazendas no entorno de 90 hectares da Fazenda Pitombeira, do qual denomina de “seus anexos da Pitombeira”.

Agora em nome da SAPEL (mais uma instituição do monopólio empresarial de João Lyra) incrivelmente fez a Fazenda Pitombeira (e seus supostos anexos) passar de 260  para mais de 370 hectares, na fábula documental dogmático de propriedade. O interessante é só agora, depois de três despejos, aparecer tal documentação. Mágica? No balcão de negócios da velha democracia muita fuleragem é possível. Haja visto, os mensalões, as consultorias milionárias, os códigos semifeudais e por ai vai.

Na Fazenda Pitombeira, com seus 90 hectares (possui milhões em dividas com o Estado) junto ao seu complexo, cerca de 4 fazendas (as quais no relatório vintenário do cartório de Capela não  reconhece nelas nenhuma espécie de vínculo ao Grupo João Lyra), é mais uma das inúmeras fazendas que são ilegalmente apropriadas pelos atuais “senhores da terra”, em nome do lucro e de manutenção do poder como classe dominante.

As famílias da CODEVISE (Comitê de Defesa das Vítimas de Santa Elina) de Columbiara em Rondônia nos demonstra o justo caminho para os camponeses pobres no Brasil hoje, com a retomada e o corte de mais de 5 mil hectares da fazenda palco da história Batalha de Santa Elina.

E é nesse caminho em Alagoas seguimos firmes. No final de maio, nossa combatividade deu mais um golpe no inimigo; dois policiais espreitaram nosso acampamento, contaram barracos e pessoas presentes, enquanto a tropa, em prontidão em outro ponto da cidade, aguardava o comando para sua ação fascista.  Mas, desta vez, tiveram que recuar. Situação ainda incomum no estado de Alagoas, uma tropa inteira, depois de preparada para desapropriação, recuar. Ainda, em reunião, do dia 8 de julho, a Ouvidoria Agrária “suspendeu o cumprimento do mandado de reintegração de posse da fazenda Pitombeiras, consoante processo 0000046-18.2010.8.02.0095, que apresenta Sociedade de Agricultura e Pecuária ltda (Sapel) como requerente e Liga dos Camponeses Pobres como requeridos.” (Desembargador Gercino José da Silva Filho).

Hoje o Estado e sua velha democracia só servem às classes dominantes, e só mediante luta conseguiremos arrancar e sustentar conquistas. Assim, todo malabarismo do latifúndio para “provar ser proprietário” só não ganhou a causa devido a organização e disciplina de nossas lutas em Capela-AL. Nossas inúmeras resistências foram decisivas para impedir o Estado de entregar as terras da Fazenda Pitombeira de mão beijada ao seu amo, o latifúndio.

A terra é de quem vive e trabalha nela! E vamos firmes na luta em defesa da Revolução Agrária e da Nova Democracia, pela destruição completa do latifúndio; pois só com essa nossa luta o Brasil trilhará um verdadeiro caminho para o fim da miséria e o fim das desigualdades, com o fim da sociedade de classes.

Terra para quem nela vive e trabalha!
Viva a Revolução Agrária!
Viva a Nova Democracia!
 
Liga dos Camponeses Pobres do Nordeste - LCP
 

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