INCOMPETÊNCIA E AUTORITARISMO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Alunos da Universidade Federal do Piauí reivindicam um Restaurante Universitário e livros para o campus de Picos.


Os alunos do Campus de Picos da Universidade Federal do Piauí (UFPI), representados pelos nove cursos – Administração, História, Letras, Pedagogia, Nutrição, Enfermagem, Sistema de Informação, Matemática e Biologia –, fizeram uma manifestação, na manhã desta quarta-feira (26), alegando que a administração do reitor Luís Júnior é abusiva e autoritária.

Os alunos reivindicam um Restaurante Universitário e uma Residência Universitária para o campus de Picos, livros que atendam à demanda da biblioteca, melhorias na infra-estrutura dos cursos e também que a paralisação das aulas – que já dura mais de uma semana – acabe. A manifestação contou com o apoio de professores e alunos do campus de Teresina e busca a melhoria do ensino e qualidade na educação. São quase 30 pautas de reivindicação.

Um ônibus chegou ao campus teresinense com 40 acadêmicos dos vários cursos, que estavam agitados e reivindicavam com auxílio de um carro de som e muitas faixas de protesto. Os estudantes frustraram-se com o fato de o reitor ter ficado trancado em sua sala, vigiada por vários seguranças, sem receber os estudantes.


Segundo a estudante de enfermagem do 6º período Mara Gonçalves, de Picos, acreditar nas promessas do reitor é difícil, mas eles têm a esperança de ser recebidos e de a pauta de reivindicações ser atendida. “O que nós queremos é que eles recebam a gente, a comissão representativa, olhem nossas pautas e decidam o melhor pra gente”, disse. A falta de professores, de acordo com ela, ocorre em quase todos os cursos e os que o campus tem estão sobrecarregados. Além disso, falta estrutura para os laboratórios, sendo que alguns cursos nem laboratórios têm, e a quadra poliesportiva que nunca foi reconstruída.

A estudante fala que a maioria dos estudantes de Picos não moram na cidade, porque são provenientes de outras cidades da macrorregião. Ela acrescenta que, sem a estrutura da universidade, é muito difícil se manter como estudante, pelos altos custos.

A todo momento, eles gritavam protestos como “Vamos almoçar pelo R.U. pela primeira vez!”, quando dirigiam-se ao R.U. do campus Petrônio Portella cantando a célebre canção "Pra não dizer que não falei das flores" de Geraldo Vandré, bastante famosa por ser entoada em manifestos. Outros protestos eram bem irônicos: "Vamos agora frequentar a biblioteca de Teresina, porque a de Picos não tem livros!".

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