Afegãos marcham contra EUA na véspera de aniversário da guerra





CABUL (Reuters) - Centenas de afegãos marcharam por Cabul nesta quinta-feira, véspera do aniversário de 10 anos da campanha militar norte-americana no Afeganistão, para condenar a ocupação dos Estados Unidos e exigir retirada imediata de todas as tropas estrangeiras.

Cerca de 300 homens e mulheres se reuniram logo cedo com placas e faixas acusando os Estados Unidos de "massacrar" civis e denunciando o presidente Hamid Karzai como um fantoche de Washington.

"Ocupação - atrocidades - brutalidade", dizia uma placa segurada por duas mulheres com lenços cobrindo a cabeça e o rosto.

"Não à ocupação", dizia outra placa, enquanto uma bandeira dos EUA era incendiada. Outra faixa mostrava uma caricatura de Karzai como um fantoche segurando uma caneta e assinando um documento intitulado "promessas aos EUA".

A marcha, perto de uma mesquita e um rio no centro de Cabul, durou cerca de três horas e terminou pacificamente.

Kazai se tornou líder do Afeganistão em junho de 2002, sete meses após forças da Otan apoiadas pelos Estados Unidos entrarem em Cabul e derrubarem o regime Taliban do poder. Ele ganhou eleições subsequentes em 2005 e 2009.

Até agora este ano já foram registrados níveis recordes de mortes de civis e, embora cerca de 80 por cento tenham sido causadas por insurgentes, as mortes causadas por forças estrangeiras costumam provocar mais ira pública. Os Estados Unidos levam a maior parte das críticas sobre a presença ocidental no Afeganistão.

(Reportagem de Akram Walizada e Mohammad Aziz)

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