ASSASSINADO LÍDER QUE LUTAVA CONTRA MADEIREIROS NO PARÁ


Apesar de denunciarem as ameaças de morte, Zé Castanha e sua esposa não receberam proteção e acabaram mortos por pistoleiros.




  

Morte anunciada

Em nota, organizações e movimentos sociais do Pará manifestaram sua tristeza e revolta com a morte dos dois extrativistas. “Não bastasse a ameaça ser um martírio a torturar aos poucos mentes e corações revolucionários, ainda temos de presenciar sua concretude brutal?”, protestam.

Em um vídeo gravado recentemente, o líder camponês falava sobre as ameaças que vinha recebendo. “A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a irmã Dorothy, querem fazer comigo. Eu posso estar hoje aqui conversando com vocês, daqui a um mês vocês podem saber a notícia que eu desapareci”, alertava Zé Castanha.

A presidenta Dilma Roussef determinou que o ministro Gilberto Carvalho, da secretaria-feral da Presidência da República, acompanhe as investigações dos assassinatos.

O Ministério Público Federal enviou ofício para a Polícia Federal pedindo que também acompanhe as investigações.

A Polícia Civil do Pará ainda não tem pistas dos assassinos e dos mandantes do crime. Zé Castanha teve uma de suas orelhas arrancada, podendo ter sido levada como prova do “serviço executado”, conforme informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT).





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