CARTA DO PARTIDO COMUNISTA DA GRÉCIA


 

 

 

 

 

 

 

 

 



O Terrorismo de Estado não prevalecerá!

A luta do povo vencerá!

Sem qualquer provocação ou pretexto o governo do PASOK atacou sangrentamente a enorme demonstração de 11 de maio de 2011 durante a greve geral, em Atenas. O governo, com medo de que o "povo inimigo" se levantasse, iniciou uma orgia de violência e terrorismo de Estado utilizando seus pretorianos - a polícia de choque - contra os manifestantes.

O nosso bloco, assim como vários outros blocos, recebeu um ataque maníaco, não provocado, da polícia, que cercou a manifestação a fim de dissolvê-la e continuou com o uso incessante de gás lacrimogêneo e golpes ferozes contra os trabalhadores, desempregados, jovens e mulheres. O resultado foi que dezenas de manifestantes foram levados para o hospital com ferimentos na cabeça. Um deles está na UTI lutando por sua vida após ser operado na cabeça.

A mensagem era clara. O governo e seus senhores, os imperialistas do FMI e da UE, querem evitar qualquer resistência popular contra as medidas de austeridade. O povo deve permanecer no seu canto, apavorado. Nós "não devemos" fazer demonstrações, "não devemos" fazer greve, "não devemos" reagir. "Devemos" aceitar com abnegação a chacina de nossos direitos, de nosso futuro, de nossas vidas e de nossos filhos.


Mas eles não podem descartar a luta do povo! A cruel realidade que o povo é forçado a viver exorta-o para o caminho da resistência. A única maneira de combater a repressão e o terrorismo de Estado é continuar com determinação e massivamente a nossa resistência contra a política bárbara de um sistema explorador e injusto.

PUNIÇÃO DOS POLICIAIS ASSASSINOS!
MANIFESTAÇÕES SEM A AÇÃO REPRESSIVA DA POLÍCIA!
A BÁRBARA POLÍTICA DO GOVERNO - UNIÃO EUROPÉIA - FMI - SERÁ DERRUBADA COM A LUTA DAS MASSAS!

12 de maio de 2011

Partido Comunista da Grécia (Marxista-Leninista)



Veja alguns depoimentos de pessoas feridas pela ação policial durante as manifestações:

"Eles queriam morte ..."

Em uma das marchas mais pacífica dos últimos anos eu estava "feliz" para aceitar a "proteção" especial da polícia de choque, ao lado de dezenas de outros manifestantes, homens e mulheres jovens, assim como cidadãos idosos, que protestavam contra a política da pobreza e da miséria.

Eu participo pelo menos há 25 anos no movimento popular. Eu nunca vi tanto ódio contra nós pelas forças repressivas. Os ataques visaram nossas cabeças, claramente querendo mortes entre nós! Estas foram as ordens. Esta é a democracia no nosso tempo, do governo do PASOK e do Memorando da UE-FMI-Banco Central Europeu. Todo mundo tem direito à sua opinião desde que não possa expressá-la. Qualquer pessoa que expressar a sua opinião vai ser "protegida" como eu. É claro que este governo está a serviço dos nossos "protetores" estrangeiros e por isso é inescrupuloso e perigoso para nosso povo.
Sotiris Legas
Farmacêutico - Sindicalista

“A manifestação em que participei ontem foi recebida por uma força brutal e assassina da polícia anti-motim. Houve no princípio o uso de uma quantidade enorme de gás lacrimogêneo e depois o ataque. Tivemos sorte de não haver mortos entre nós. Esta foi uma demonstração de força contra as pessoas que estão resistindo contra as medidas de austeridade. Eles não podem nos aterrorizar! Continuaremos no caminho da luta, o único caminho aberto para o nosso povo! Resistência a fim de derrubar as medidas de austeridade!”
Roula Sakka
Ex-presidente do Sindicato Hospital Ikaria

“Eu estava caminhando com o bloco Marcha Classista gritando palavras de ordem contra a política antipopular do governo e suas novas medidas de austeridade quando, na Rua Panepistimiou, fomos cercados por todos os lados pela polícia de choque e atacados, sem que houvesse nenhuma provocação, com gás lacrimogêneo e cassetetes cujo objetivo era nossas cabeças. No meio da confusão e do tumulto fui atingido na cabeça por um policial. Eu senti o sangue escorrendo no meu rosto. Eu não podia ver através da nuvem de gás lacrimogêneo e, com grande dificuldade, fui ajudado por outros e corri para a rua Amerikis, onde recebi ajuda de primeiros socorros e levado para o hospital, juntamente com muitos outros em situação semelhante ou pior.”
Presidente do Sindicato do Hospital 7 Atenas IKA

“Eu acho que foi um ataque assassino, a fim de aterrorizar-nos para que paremos de tomar as ruas e protestar contra medidas de austeridade. Eles não vão conseguir isso. Nossa luta vai continuar, porque esta é a única forma.”
Eleftheria Varsou
Trabalhador

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