GREVE DOS BANCÁRIOS


Categoria quer reajuste de 11%, contra 4,29% ofertado pelos bancos que não abrem mão de seus lucros exorbitantes, do péssimo atendimento e do financiamento de campanhas políticas

A greve dos bancários, que começou na quarta-feira (29), atingiu 6.215 agências do país nesta sexta-feira (1º), segundo levantamento da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores). O número representa mais de 30% do total de agências no país, que chega a 19.546, segundo dados do Banco Central.

A paralisação desta sexta-feira representa um aumento de 27% sobre o segundo dia de greve, quando 4.895 agências ficaram fechadas. Segundo a Contraf, a greve atinge principalmente as agências maiores, localizadas nas capitais e em grandes centros financeiros.
 O fortalecimento da greve é a sonora resposta dos bancários ao silêncio dos bancos - avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Em São Paulo, Osasco e região, os bancários priorizaram a ampliação da paralisação nos centros administrativos dos bancos, onde trabalha quase a metade da categoria. Balanço do dia aponta que 561 agências e 16 centros administrativos fecharam hoje.

A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na noite de terça-feira (28) por mais de 2.000 trabalhadores. A categoria rejeitou proposta da federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%).

Os bancários reivindicam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, maior participação nos lucros e resultados, medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos e mais segurança. 

Comentários

Postagens mais visitadas