FORA YEDA



ATO PELO FORA YEDA REÚNE CINCO MIL PESSOAS EM PORTO ALEGRE

Desta vez sem chuva e com a temperatura na casa dos 17ºC mais de cinco mil vozes pediram nas ruas do centro de Porto Alegre, o impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). A manifestação foi organizada pelas centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis e Fórum dos Servidores Públicos Estaduais – FSPE-RS.

O dia de protesto começou em frente ao Ministério Público Federal e seguiu em direção ao Palácio Piratini, passando pelas ruas Mauá, Borges de Medeiros e Jerônimo Coelho. Em frente ao Palácio, munidos de vassouras e baldes com água, os manifestantes lavaram a calçada que separa a sede do governo gaúcho e a Assembleia Legislativa.




Do Legislativo, foi cobrada a imediata instalação da CPI da Corrupção. De acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, 57% da população gaúcha entende que o Governo Yeda está envolvido em corrupção. Destes, 70% querem o seu imediato afastamento e 80% acham necessária a instalação da CPI. Historicamente, o povo gaúcho não aceita governos corruptos.

“A CPI é uma forma de se averiguar as irregularidades apontadas e que a sociedade gaúcha tem cobrado. Precisamos enfrentar o Governo Yeda, barrar os ataques aos direitos dos trabalhadores, reinstalar a democracia no estado e acabar com a corrupção que se instalou no Palácio Piratini”, destacou Rejane de Oliveira, presidente do CPERS/Sindicato, e que falou em nome do FSPE-RS.

























O autoritarismo do Legislativo gaúcho, verificado em recente vigília dos servidores públicos na Praça da Matriz, também foi lembrado durante a manifestação desta manhã. Opresidente do Sindicaixa e membro do FSPE-RS, Érico Correa, lembrou do episódio em que a direção da Casa Legislativa determinou que a segurança retirasse faixas e banners usadas no protesto.

A administração estadual está envolvida em denúncias de corrupção. Somente do Detran foram desviados R$ 44 milhões. A sociedade está envergonhada diante de tantos escândalos. Como se não bastasse à crise moral, Yeda não tem medido esforços para destruir os serviços públicos, atacar as carreiras e as organizações dos servidores públicos e criminalizar os movimentos sociais.

As centrais sindicais, os movimentos sociais e estudantis e o FSPE-RS deixaram claro que não darão trégua a um governo em permanente crise, envolvido em corrupção e que insiste em atacar os direitos dos trabalhadores. Os servidores públicos voltaram a afirmar que não aceitam alterações nos planos de carreira.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Caco Argemi

Momentos do ato pelo Fora Yeda

Por Higino Barros, da Interlig Propaganda



*** Na frente da sede do Ministério Público Federal em Porto Alegre, os integrantes do movimento “Fora Yeda- Impeachment Já” gritaram: “Abram as provas. Queremos a verdade”, cobrando mais agilidade, diante da morosidade da Justiça em revelar o envolvimento do Governo Yeda em atos de corrupção.

*** A lavagem da calçada do Palácio Piratini foi impedida por soldados da Brigada Militar (BM). Trinta integrantes da marcha, no entanto, não se intimidaram e com vassouras e baldes de água lavaram o trajeto por onde circulam os veículos diante do palácio e a lateral da Assembleia Legislativa. Nervosos, oficiais da BM chamaram integrantes do Batalhão de Operações Especiais (BOE), a tropa de choque gaúcha, para se postarem diante dos manifestantes, que começaram a gritar, com a ajuda de quem estava perto: “deixa lavar, deixa lavar...pra tirar a corrupção”.




*** Estudantes da Escola de Surdos de Santa Maria se integraram ao protesto pelo Fora Yeda. Um deles subiu no carro de som da marcha e com a tradução simultânea de uma instrutora da escola, pediu o impeachment da governadora e exibiu uma faixa com caracteres na linguagem dos surdos. A faixa dizia: “Contra Yeda”.

*** A Secretaria da Educação, sob ordem da governadora Yeda, enviou soldados da Brigada Militar ao Colégio Japão para impedir que os estudantes do estabelecimento de ensino se organizassem e participassem da manifestação. O fato foi denunciado na fala dos representantes do movimento estudantil em frente ao Palácio Piratini.


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