Senador João Ribeiro (PR-TO) responde a processo por trabalho escravo
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Defesa do senador João Ribeiro negou que cliente tenha
mantido trabalhadores em condições de escravidão
Fabio Pozzebom/ABr
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O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu na quinta-feira
(23) abrir um processo criminal contra o senador João Ribeiro (PR-TO).
Os ministros receberam a denúncia na qual o Ministério Público Federal
acusa Ribeiro de envolvimento com trabalho escravo. Com a decisão, o
senador passa da condição de investigado para a de réu.
De acordo com a acusação, o congressista teria participado de
aliciamento fraudulento de trabalhadores em Araguaína, no Estado de
Tocantins, para que trabalhassem numa fazenda dele, localizada em
Piçarra, no Pará.
A denúncia teve como base uma inspeção realizada em 2004 por
auditores do Ministério do Trabalho. A inspeção ocorreu após um
trabalhador ter comunicado à Comissão de Pastoral da Terra a suposta
existência de trabalho escravo na fazenda.
Na inspeção, os funcionários do Ministério do Trabalho relataram ter
encontrado 35 trabalhadores em condições subumanas de trabalho e
acomodação. De acordo com os técnicos, os homens trabalhavam em jornadas
excessivas e dormiam em ranchos cobertos com folhas de palmeira, sem
sanitários e sem água filtrada.
Outro lado
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