Escracho no Rio - Estátua do Ditador Castelo Branco
Movimentos sociais esculacham ditador Castelo Branco no Rio

Ao
chegarem até a estátua do ditador Castelo Branco, na praça do Leme, foi
realizada uma mística que relembrou todos os militantes assassinados no
período. A estátua também ganhou uma faixa com os dizeres "Ditador do
Brasil 1964" e, no final, tintas vermelhas foram lançadas, lembrando o
sangue derramado das vítimas. Intercalado por poemas, várias entidades e
familiares de mortos e desaparecidos cobraram punição aos torturadores
do regime militar. Também houve cobranças para que a Comissão Nacional
da Verdade realmente apure todos os crimes da ditadura.
Este é o
quarto esculacho realizado no Rio e o primeiro que reúne pessoas para
contestar a homenagem a uma figura política que participou ativamente do
golpe de 64. “Não podemos permitir que continuemos a homenagear com
nomes de praças, monumentos, ruas, lugares públicos aqueles que
oprimiram, massacraram e torturaram o povo brasileiro”, denunciaram os
articuladores do ato. Eles pedem a extinção de nomes de torturadores ou
representantes da ditadura em qualquer monumento público.
Durante o
seu mandato, Castelo Branco aboliu os treze partidos políticos
existentes no Brasil, promulgou vários decretos-lei e quatro atos
institucionais. É responsável pelo fechamento de centenas de sindicatos,
pela expulsão de quase seis mil militares das Forças Armadas e cassação
de parlamentares eleitos democraticamente.
A organização do ato
foi feita pela Articulação Estadual pela Memória, Verdade e Justiça do
Rio de Janeiro composta pelo Coletivo RJ, Comitê pela Memória, Verdade e
Justiça de Niterói, Consulta Popular, Levante Popular da Juventude,
Grupo Tortura Nunca Mais, MST, Juventude do PT, PCdoB, UNE e Sindicato
Estadual dos Professores de Educação (SEPE).







Fotos: Henrique Zizo/Articulação Memória Verdade e Justiça
FONTE: Consulta Popular
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