SÉRGIO CABRAL APROFUNDA A CRISE DA EDUCAÇÃO NO RIO DE JANEIRO


Sérgio Cabral, infelizmente reeleito desgovernador do Estado do Rio de Janeiro, prossegue em sua obra de destruição deliberada da precária rede fluminense de educação de segundo grau. Para acelerar tal propósito expeliu do seu governo a ex-secretária Tereza Porto, cuja gestão ficará assinalada como exemplo de incompetência, apesar das loas do desgovernador, para quem a senhora em questão “completou um ciclo muito importante, tirando a Educação do nosso estado de um atraso de décadas”.

Cegueira ou má-fé? Sim, porque o Rio de Janeiro não alcançou os 6 pontos, número considerado ideal pelo Ministério da Educação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). No Ensino Médio, as escolas fluminenses tiveram o segundo pior resultado do país, atrás apenas do Piauí, fato que comprova o total abandono da educação por parte daqueles que deveriam cuidar dela em nosso estado.

Para mudar o atual quadro, Sérgio Cabral trouxe para a Secretaria de Educação o sr. Wilson Risolia, financista, com experiência na direção do RioPrevidência e na Caixa Econômica Federal.

O novo dirigente já iniciou suas atividades revelando um completo despreparo para o cargo. Suas afirmações deixaram todos os educadores de cabelo em pé: “Quem são esses alunos, os diretores? Que capacitações esses ‘ENTREGADORES DO SABER’ possuem? EU PENSO EDUCAÇÃO COMO UM NEGÓCIO. Quero saber se o meu produto é bom”, disse em sua primeira e lamentável entrevista.

A mentalidade radicalmente monetária de que o conhecimento é mercadoria, um produto a ser entregue aos alunos, a visão mercantilista da educação e a proposta produtivista para a avaliação do trabalho dos professores são a face sem máscara de quem não possui proposta pedagógica alguma para a população. Mesmo sem a posse das condições necessárias para o exercício do cargo, no entanto, o executivo aceitou-o de modo irresponsável, a meu juízo.

Para reduzir custos, produzir superávits, organizar balanços, construir gráficos, aviltar os profissionais, reduzir folha de pagamento, realmente não há a menor necessidade de um educador à frente da secretaria, basta providenciar alguém especialista em contas e analfabeto em educação. Desse ponto de vista, o governador não poderia ter escolhido melhor.

Ninguém precisa ser profeta para ver o desastre que se avizinha.
 
Zantonc

Comentários

Postagens mais visitadas