GOVERNO DO CEARÁ: COMPROMISSO COM A IGNORÂNCIA
Educação do Ceará pede socorro
A Educação no Estado do Ceará pede socorro e não é de hoje. O governador Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes e membro da oligarquia dos Ferreira Gomes que há décadas vem parasitando o Ceará, não dá a mínima para a Educação. Até hoje não cumpre a Lei do Piso Salarial (Lei nº 11.738/08 PSNM) aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente Lula, uma conquista dos professores, resultado de décadas de luta.
Enquanto a educação é abandonada, o governador compra vários Hilux, carro de valor estimado em R$ 150.000,00, para servir de viatura e contrata um estilista famoso para promover desfile das novas fardas dos policiais.
O pior é que esse investimento todo em segurança pública não tem garantido tranquilidade para o cidadão que a cada dia tem mais medo de sair de casa. Além disso, o Programa Ronda do Quarteirão está envolvido em uma série de escândalos de desvio de verbas.
No início da década de 80, os professores no Ceará chegaram a receber cerca de 10 salários mínimos. Hoje, o salário base do Professor com Licenciatura em regime de 40 horas semanais não chega a 2,6 salários mínimos. Com isso podemos perceber que a remuneração do professor em relação ao salário mínimo sofreu uma queda estrondosa. Com a aprovação da Lei do Piso Salarial, existia uma esperança disso ser revertido, pois além do piso, teríamos as gratificações e o plano de cargos e carreira.
Sabemos que para desenvolver a nossa sociedade, precisamos investir numa boa educação e não somente em segurança. Construir e melhorar as escolas, contratar mais professores efetivos, além de melhores salários.
Mas, infelizmente, não temos um investimento sério na nossa educação. Além do descumprimento do piso nacional, as relações de trabalho são precarizadas: cerca de 45% dos professores da rede estadual estão com contratos temporários. São 11.257 profissionais da educação que passam cerca de quatro meses para receber o primeiro salário devido a “burocracia” da Secretaria de Educação do Estado (Seduc). Esses professores também não têm direitos básicos como vale-refeição; recebem um valor inferior pela hora/aula; não são regidos pela CLT e não possuem carteira assinada, sendo impedidos de se aposentarem. Enfim, o professor temporário é o bóia-fria da educação.
Como se não bastasse tudo isso, os professores no estado do Ceará têm o 6º pior salário do Brasil e nunca se realizou no estado um concurso público para suprir a carência de 6.000 profissionais de apoio nas escolas: técnico-administrativos, bibliotecários, merendeiras e serviços gerais, além da falta de infraestrutura e de segurança nas escolas.
Porém, como esse ano é ano de eleição, há todo momento passam as propagandas enganosas nos grandes meios de comunicação, mencionando que o governo Cid Gomes realizou grandes investimentos em educação. Mas a verdade sempre aparece e é o que estamos vendo com o avanço da organização e da luta dos professores do Ceará.
Movimento Luta de Classes (MLC), Ceará
Texto extraído do Jornal A Verdade. endereço http://www.averdade.org.br
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