ENFRENTAR O LATIFÚNDIO E GARANTIR NOSSAS ROÇAS!

Escrito por STTR de Malhada, STTR de Carinhanha e LCP do Norte de Minas   


União dos camponeses, trabalhadores rurais, acampados, assentados e quilombolas do Oeste da Bahia


Camponeses comemoram as colheitas no Acampamento Santa Cruz do Sol Nascente. Abril 2011O período das águas está aí e até agora, nenhuma solução foi dada pelos órgãos competentes, para as milhares de famílias acampadas e ameaçadas de despejos. Das promessas de vistoria: só enrolação, das covardias feitas contra os camponeses, nenhuma palavra!
Nós, trabalhadores rurais de toda região decidimos nos unir com todo o povo trabalhador, os comerciantes amigos, professores, estudantes, os honestos e de bem de Carinhanha e Malhada para nos defender contra esta injustiça, para defender as únicas coisas que temos: nossas famílias e nossas roças.

Sabemos que a nossa produção é garantia de progresso, nossa fartura é a fartura da cidade e é isso que queremos: alimentar nossas famílias com o suor do nosso trabalho e comercializar honestamente no mercado.

Não queremos ficar mendigando cesta básica pra quem seja, queremos liberdade para trabalhar.


Quem trabalha e luta, vence!

Por isso, nosso melhor advogado é a roça! Nossas melhores testemunhas são nossos amigos da cidade. O terror do latifúndio não pode impedir os camponeses de plantar e de colher!

Vamos aumentar as roças!
Vamos defender as roças!
Somos parte destas terras, somos negros quilombolas, somos índios, caboclos, posseiros, camponeses, trabalhadores nativos, plantadores das ilhas, das terras, somos sertanejos e resistimos aqui, onde é nosso chão, de onde tiramos o feijão, a abóbora, a mandioca, o milho, a melancia, a batata e nosso orgulho!

Ousar lutar, Ousar vencer! O camponês quer plantar e quer colher!

Aumentar as roças, garantir fartura no São João 2012!
 
Denúncia 
No dia 10 de Setembro, os latifundiários Valmir Boa Sorte e Elismar Boa Sorte, de Malhada, comandaram um ataque covarde contra as famílias do Acampamento Pedro Pires. Eles e outros dois sujeitos não identificados dispararam três tiros contra trinta trabalhadores,  enquanto estes reformavam seus barracos, para se proteger das chuvas.

Foi feito um Boletim de Ocorrência, e o fato é conhecido por todos. As famílias foram até Salvador levaram a denúncia e estiveram até com o governador Jaques Vagner. Um dia depois (dia 11/09) absurdamente mais um camponês foi assassinado a mando dos latifundiários em Monte Santo- Bahia, numa área do movimento Ceta.
 
Exigimos o fim da impunidade do latifúndio e de seus crimes e covardias!

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